Nasceu em Pouso Alegre, no dia 30 de julho de 1894. Filho de José Ribeiro de Miranda Júnior e Leonor de Queiroz Miranda, veio menino para Ouro Fino E aqui se fez conhecer, tornando-se advogado do Fórum de Ouro Fino, além de jornalista, escritor, poeta e teatrólogo. Foi casado com Leontina Paulini de Miranda e tiveram os filhos: Dalva, Dr. Antônio Eloy, Dr. Hugo Pelegrino e Dr. Plínio e Dr. Glauco.
Doutor Miranda Neto, como era conhecido, era dotado de inteligência fulgurante. Deixou um nome que se perpetuou pelo muito que fez para todos os seus e para a coletividade.
Quando ainda estudante, trabalhou na Casa da Moeda do Tesouro Nacional. Nesta ocasião, com Amílcar Cardoni e outros, manteve uma revista na Capital Federal. Em Belo Horizonte, fundou com Narciso Lara um dos primeiros jornais daquela cidade. Colaborou durante muito tempo no Diário da Tarde, de Belo Horizonte, na seção Educação e Ensino.
Formando-se em Direito, veio para Ouro Fino, onde, juntamente com o Dr. Guerino Casasanta fundou o semanário Semana. Mais tarde, com o Dr. Saulo Etienne Arreguy, fundou A Gazeta Popular e, em seguida, O Sul de Minas.
Com Doutor Abelardo Guerra e Doutor Guerino Casasanta, fundou nesta cidade o Instituto Comercial (depois Escola de Comércio). Sempre se interessando pela causa da instrução, fundou, juntamente com Isaltino da Silva Rodrigues, no Bairro da Capelinha, a primeira escola rural e ali instalou um posto telefônico.
Durante a gripe espanhola, fundou com outros companheiros um posto de abastecimento, que funcionou no antigo Mercado Municipal, e um Hospital de Emergência, no antigo prédio do Colégio Brasil.
Foi aluno da primeira turma do primeiro curso de aviação existente do Brasil. Nos seus jornais e na Gazeta de Ouro Fino, bateu-se sempre pela liberdade e pelo conforto do povo, o que também fez pela tribuna.
Em 1936, juntamente com Domingos Franco, Luiz Lodi, Francisco Caetano Barbosa e outros, lutou pela causa da emancipação de Bueno Brandão (antigo Campo Místico).
Por mais de dez anos redigiu A Gazeta de Ouro Fino, o que fez com muito brilho. Usando o pseudônimo de J. Sabino, escreveu muitas Quadras do Dia, Crônicas e Poesias. Teatrólogo, escreveu em versos São Francisco de Paula, Dona Fezinha, Dona Rotina (críticas à reforma do ensino primário), Serras e Gratas (peça religiosa, apresentada ao ensejo do jubileu de Monsenhor Teófilo). Escreveu sobre o Direito os ensaios: Instituto de Arras, A Prisão Cautelar no Brasil e Educação e Ensino.
Como advogado criminal exerceu sua atividade em todo o Estado e nos Estados vizinhos.
Sua cadeira teve como primeiro ocupante o acadêmico Plínio Paulini de Miranda.