Eurico Santos Abreu

Cadeira Nº: 5

José Eurico dos Santos Abreu nasceu em Ouro Fino a 2 de março de 1893 e veio a falecer em São Paulo, no dia 28 de agosto de 1952, com apenas 59 anos de idade. Seus pais foram o Sr. Francisco de Paula Santos de Abreu e Dona Maria José de Oliveira Santos de Abreu. Foi casado com Maria Anunciata Lucchesi, com que teve os filhos Francisco de Paula, José Eurico, Haroldo, Arnaldo, Anunciata, Eleonor e Creuza, e muitos netos a honrar-lhe a memória.

Fez curso primário no Colégio Santana (particular) e no Grupo Escolar “Coronel Paiva”. O secundário cursou-o no Colégio Brasil, ainda aqui, e depois foi para o Rio de Janeiro, diplomando-se em medicina na Universidade do Brasil.

Exerceu a clínica médica, com maestria, na capital de São Paulo. Ali foi professor concursado na Cátedra de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e professor de Fisiologia na Faculdade de Farmácia e Odontologia, também da USP. Vocacionado para o magistério, exerceu-o com denodo e dedicação.

Foi Secretário de Higiene da municipalidade de São Paulo e ocupou, por indicação, o cargo de primeiro prefeito da cidade de Pirají, no Estado de São Paulo.

Ao lado de suas atividades profissionais, foi poeta rico de sentimentos, cantando, já por aquele tempo, o amor pela natureza, abrindo sua inteligência na defesa do que hoje chama-se” ecologia” .

Ao traçar-lhe o perfil, para vos encher o espírito de admiração por tão bela figura da nossa sociedade, fui buscar o testemunho dos que lhe foram contemporâneos. Mas um depoimento pesou sobremaneira: o do meu pai, Professor José de Almeida, que apontava-me Eurico dos Santos Abreu como seu grande amigo e por quem tinha imenso orgulho. E por ser eu médico, não poderia deixar de registrar aquilo que me tocou como exemplo e lição, em sua biografia.

Dr. Eurico dos Santos Abreu pautou a vida nos padrões éticos e norteou o trabalho no conceito humanista de saúde. Saber, probidade e humanidade, foi o tripé que o sustentou na carreira luminosa. Quanto ao saber, aplicou-o na clínica com o que de melhor havia de conquistas científicas no passado.

No item probidade, foi fiel à sua consciência, fiel às aspirações de seu espírito, fiel aos ideais da profissão, com silêncio e discrição. No quadro humanidade, todos que o conheceram são unânimes em dizer: ele colocou as tarefas cotidianas, ternura e consideração para com os fracos; infinita piedade para com os sofredores e total caridade para com os que o buscavam aflitos. Ele sabia que no mundo de então, como nos dias de hoje, há muita lágrima a estancar, muitos corações temerosos para acalmar, muita fome a debelar e muita injustiça a reparar.

Era-lhe presente na prática do dia-a-dia, longe das teorias mistificadoras, o que afirmava Hipócrates: “Curar alguns, aliviar a muitos, consolar a todos”. Aforisma tão atual, em que pese os progressos das ciências.

O médico Axel Munthe, na sua clássica autobiografia, escrita no século passado, sob o título “O livro de San Michele”, afirmava: “Não se pode ser bom médico, se não se tem compaixão”.

(Dados biográficos de autoria do acadêmico Wilson Castello de Almeida).

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