Nasceu em Ouro Fino no dia 11 de julho de 1858. Advogado provisionado, jornalista, administrador e, sobretudo, político, Júlio Bueno Brandão faz parte da galeria dos homens públicos que deixaram uma tradição e exemplo de conduta íntegra, pela sua lealdade e coragem cívica.
Autodidata, galgou passo a passo sua carreira política, chegando a ser presidente de Minas por duas vezes. Fiel às instituições republicanas, foi o único parlamentar contrário ao Estado de Sítio que ameaçava Minas no início de 1930, dando lições de amor à liberdade, e confirmando o que ele já havia dito em outros tempos: “Prefiro cair com Minas a cair em Minas.”
Júlio Bueno Brandão foi o maior incentivador da cultura e do ensino. Político, foi vereador dedicado e o dinâmico presidente da Câmara Municipal de Ouro Fino, atento aos problemas da cidade. Foi um dos fundadores da Gazeta de Ouro Fino. Participou intensamente para a fundação do Grupo Escolar “Coronel Paiva, Escola Normal, Colégio Brasil, Instituto José Gonçalves”, criação do Núcleo Colonial Inconfidentes, a vida do Patronato “Visconde de Mauá”, planejou e deu início a um projeto de Escola Agrícola a ser mantido pelo Município.
Como Deputado Estadual, Federal e Senador da República, foi vigilante constante que assombrou seus pares. Líder de ambas as casas do Parlamento, foi a fidelidade à serviço da Pátria e de seus ideais.
Criou inúmeras escolas e, em 1912, realizou o Congresso da Instrução, de enorme repercussão em todo o país. Nesta gestão, criou a primeira Escola de Medicina e a primeira Escola de Engenharia e oficializou a nossa ex-Escola Normal. Júlio Bueno Brandão foi casado com Hilda Miranda Bueno Brandão. Tiveram cinco filhos e uma filha. Morreu no dia 21 de março de 1931.